Filho de José de Sá Barreto Sampaio e Maria Costa Sampaio, nasceu em Barbalha, no dia 22 de abril de 1902 e faleceu no dia 18 de agosto de 1991.
Estudou no Mosteiro de São Bento na cidade de Salvador – Ba – concluindo apenas o curso secundário. Começou então a trabalhar com seu pai, no comércio, desde muito cedo.
Possuía temperamento alegre, comunicativo. Entretanto o idealismo e o amor a sua terra eram as características mais marcante de sua personalidade.
Lutava incessantemente até conseguir aquilo que achava que engrandeceria a sua terra. Escrevia às autoridades, não só aqui no Brasil, mas do exterior, a fim de conseguir aquilo que idealizava. E muitos dos seus ideais foram realizados. São citadas algumas das duas realizações:
– Abastecimento d’água em 1933;
– Estação Experimental do Ministério da Agricultura;
– Foi um dos idealizadores e fundadores do Centro de Melhoramento de Barbalha;
– Idealizador e encarregado da construção (não havia engenheiro aqui) dos Colégios Santo Antonio e Nossa Senhora de Fátima, cada colégio possui mais de 5.000 metros quadrados de área construída.
– Trouxe a ordem do Padres Salvatorianos e a ordem das Irmãs Beneditinas para a direção desses colégios citados acima.
– Como Presidente do Centro de Melhoramento de Barbalha fez inúmeras realizações como: Distribuição de Bolsas de Estudo, (muitos jovens que não tinham condições de pagar a um colégio particular, recebiam essas Bolsas anos a fio. E foram centenas. Eram Bolsas Federais.); Construção de estradas municipais; Hotel Bom Jesus na Estância Termo Mineral do Caldas; Implantação da IBACIP (Indústria Barbalhense de Cimento Portland S/A) tendo sido seu presidente durante 6 anos.
Participava ativamente de todos os movimentos reivindicatórios da cidade. No Lions Club, sempre foi presidente da comissão de interesses da cidade.
Foi presidente da Liga Barbalhense Contra o Analfabetismo, trazendo muitas benfeitorias à esta entidade como construção de vários imóveis, etc.
Foi vereador durante vários anos, não porque gostasse de política, assim ele dizia, mas para ter mais possibilidade de servir à cidade.
Sem nunca haver pleiteado, foi Prefeito – 1967 a 1970 – por exigência daqueles que queriam o progresso da cidade.
Teve uma das administrações mais fecundas, tendo conseguido, inclusive trazer para Barbalha a Usina de Açúcar Manoel Costa Filho. Foi uma administração acima de tudo criteriosa.
Salientando mais uma vez, participou da política sem ter ideais políticos para ele, mas tão somente com o objetivo de servir melhor a sua terra.
E permaneceu assim até morrer, quando na véspera, dirigindo-se para um filho recomendou que não deixasse de solicitar ao governo do Estado uma tarifa mais barata de energia elétrica para a agricultura.
Em meio à parcela mais consciente da cidade, ele funcionava como fermento.
Barbalha não recebeu ajuda “caída do céu”. Tudo que aqui chegou foi a custa de esforços frementes, de muito idealismo, afirmando insofismavelmente o poder do pensamento positivo. Este município, situado entre comunidades maiores, absorventes por natureza e de progresso mais fácil, tenderia fatalmente a atrofiar, a se acomodar.
Contudo isto não ocorreu. Os líderes desta terra, unidos em um só idealismo, com uma força quase hercúlea, transpuseram obstáculos, alcançando sua emancipação, mostrando hoje uma comunidade adulta, cônscia dos seus grandes destinos.
RECORDANDO
Barbalha "Esquecida" 